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Eternuridade

Criação de Amélia Bentes no CCB

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Eternuridade surge da necessidade de pensar o corpo dos afetos. São corpos que dançam metáforas do que lhes é efémero e transitório. Precisam de existir nem que seja apenas um instante para se tornarem eternas. São paisagens das vidas que se vão desenrolando sem excessivo apego, porque as emoções e as sensações aparecem e passam como nuvens num céu aberto (pesadas e leves). É bom entregarmo-nos, rendermo-nos, sem juízos, sem resistência, aceitar em plenitude o momento presente, que vai como veio, limpidamente: vivê-lo na unicidade de cada um e de todos. As imagens oníricas e o lado poético do corpo são uma constante nos meus trabalhos: o grande desafio é colocar estes temas físicos numa composição coreográfica matemática mas orgânica, humana, de grande emotividade e energia. A peça desenvolve-se sempre com temas novos, levando o espectador a ficar preso no discurso ou no cheiro e-terno dos corpos.

Amélia Bentes

Centro Cultural de Belém